quinta-feira, 19 de junho de 2008
"Hay gobierno, soy contra!"
A crise atual CAMPO X GOVERNO aqui da Argentina que já leva 100 dos nossos preciosos dias é comentada no mundo todo, e já, já vou comentar também.
Mas hoje vi algo interessante: tem argentino irritado não só com a família Kirschner, mas também com a oposição, nesse caso o governador da Capital Federal (cidade de Buenos Aires), Maurício Macri.
Pra começar, se você por acaso acha esse nome conhecido, deve ser porque ele era ninguém menos que o presidente do Boca Juniors. Como eu disso uma vez em outro blog, argentinos também possuem seu Eurico Miranda, mas num nível um pouco mais sério.
Esse mês eu já vi o nome do Macri associado a 3 questões polêmicas:
1. A falta de gás nas escolas públicas da Capital Federal. Pois é, os pirralhos tão morrendo de frio, e o Macri parece não tá nem aí pra isso;
2. O bônus de fim de ano pros funcionários do governo que cumprirem com seus objetivos. Mais empresa impossível. Pois é, pro Macri o cara não tem que trabalhar porque foi eleito, porque essa é sua função como político, nada disso. Ele dá um incentivo (que pode chegar a 25 mil pesos, algo como 15 mil reais, acho eu), só pro cara fazer o que ele deve como funcionário do governo!
3. A briga com os taxistas. O trânsito em Buenos Aires está começando a ser um caos, do tipo que os analistas já querem pensar em um futuro estilo São Paulo. O Macri resolveu fazer alguma coisa: pista exclusiva para ônibus. Funciona mais ou menos assim: nas avenidas do centro e áreas de grande movimento, a pista da direita vai ser exclusiva pra ônibus ou táxis com passageiros. O estresse pros taxistas é bem simples: como eles vão pegar passageiros se não podem estar do lado direito? Logo, não vão poder pegar passageiros logo no centro e nas grandes avenidas?
Claro, o primeiro e o segundo item foram motivos de protesto pela parcela da população afetada. Os alunos foram gritar na frente das suas escolas com cobertores nas mãos, um barato. Os taxistas, olha aí a foto, hoje pararam o centro. E o segundo item, estranho, mas nenhuma madame da Recoleta saiu com sua panela e casaco de pele pra reclamar sobre esse dinheiro público usado, a meu ver, de forma indevida...
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Até onde você iria por um café?
Dizem as más línguas que brasileiro adora uma fila. Recentemente descobri que é mais uma característica que compartilhamos com nossos hermanos argentinos.
Em maio inaugurou o primeiro Starbucks na Argentina - a famosa rede norte-americana de café - em Palermo, mais especificamente no shopping Alto Palermo. Fiquei feliz porque é perto da minha casa e como boa viciada num café, um lugar assim é sempre bem vindo. Mas, qual não foi a minha surpresa ao descobrir que as pessoas estão fazendo fila de até DUAS horas pra conseguir um café! E pior, pagando muito caro, 10 pesos!
Tudo tem limite, pelo menos pra mim. Continuo preferindo sentar num bom café bem porteño. Mas sempre reclamei que aqui não é comum ter locais que vendem café pra levar, e por isso eu tinha virado fã do café do Mc Donald´s. E devo continuar com ele, por um bom tempo: não tem fila e sai a metade do preço. Como diz a campanha do próprio Mc Donald´s aqui, "Porque pagar caro por um bom café?" (ou algo do estilo).
Experiências:
Existem grupos e uma causa no Facebook pela vinda do Starbucks pra Argentina. Lá tem depoimentos de pessoas que ficaram 2 horas na fila e acham que valeu a pena:
"DOS HORAS Y MEDIA DE COLA VALIERON TAAAAAAAANTO LA PENA CUANDO LLEGO EL MOMENTO DE DAR EL PRIMER TRAGUITO.
INCREIBLEEEEEE!!!!"
Mas o comentário que eu mais gostei -até porque eu concordo com ele- critica essa atitude:
"Ayer fui tipo 7 de la tarde y me dió verguenza!! O sea no da que haya 70 u 80 personas haciendo cola. Y no lo digo por el lugar, que está muy bueno puesto y demás sino por la gente. Se violvió idiota el ser humano Argentino?. La verdad que tenia muchas ganas de un frapuccino y me quedé con bronca pero mi vida no esta tan vacia como para perder 40 minutos en el Starbucks. Terminé con un Capuccino Frapé Mocca de McCafé :)"
Em tempo:
Existem também grupos contra o Starbucks no Facebook, e vale a pena ver o que eles falam:
* Boicote ao Starbucks para salvar os palestinos (em inglês) - O grupo denuncia que o lucro da empresa financia o armamento israelense. Grave, não? E não é o único, vários outros grupos reiteram a denúncia.
"The head of Starbucks, Howard Shultz is an active Zionist and has been recognized by the government of Israel as key for promoting the alliance between the United States and Israel."
* Boicote o Starbucks! (em inglês) - "every penny you pay for starbucks is a bullet inside a PALESTINIAN,LEBANESE, IRAQI, AFGHANI HEART. a percentage of starbucks fund goes directly to support israel military. stop helping israel against your family, stop crimes against palestinians, BOYCOTT STARBUCKS FOR THE SAKE OF ARABS DIGNITY."
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